Chuvas intensas provocam alagamentos no Litoral Norte do RS; veja VÍDEO
09/12/2025
(Foto: Reprodução) Chuva forte causa alagamentos em Osório, no Litoral do RS
A cidade de Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, enfrenta pontos de alagamento nesta terça-feira (9) após chuvas intensas atingirem a região. Em algumas áreas, a água chegou a cobrir metade da altura dos veículos. (veja vídeo acima)
O Rio Grande do Sul sofre os efeitos de um ciclone extratropical que se formou entre o Paraguai e a Argentina e que está passando pelo Brasil. (saiba mais abaixo)
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Segundo a prefeitura, equipes da Secretaria de Obras trabalham para interditar ruas onde há acúmulo de água. A gestão municipal destaca ainda que a precipitação foi muito acima do esperado e atingiu locais que nunca haviam registrado alagamentos.
Até a publicação desta reportagem, a prefeitura não tinha levantamentos oficiais sobre os prejuízos.
Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, atingida por fortes chuvas
Arquivo pessoal/ Eduardo Ruppenthal e Celoir Machado de Borba
Ainda no Litoral Norte, em Maquiné, o nível da água também subiu e atinge pontes da cidade. A prefeitura informou que está monitorando a situação e que deve se reunir com a Defesa Civil.
Já em Cidreira, as aulas estão suspensas no turno da manhã de quarta-feira (10).
Ciclone no RS
De acordo com a Climatempo Meteorologia, um ciclone deve se deslocar para o oceano, mantendo o tempo fechado e com muita nebulosidade em todo o estado. A previsão indica atenção redobrada para áreas do Litoral, onde o mar deve permanecer agitado. Há aviso de ressaca, com ondas que podem chegar a 2,5 metros.
"O ciclone já se formou, está atuando sobre o estado neste momento. O risco maior é quando se deslocar para o oceano. Ele vai começar a causar ventos um pouco mais intensos, vai se intensificar perto do Litoral do RS, e precipitação intensa que vai se deslocar mais para a Região Sul do RS", avalia o meteorologista da Defesa Civil do RS, Bruno Zanetti Ribeiro.
Em Flores da Cunha, na Serra do RS, um tornado atingiu o município na segunda-feira (8). A tempestade deixou, pelo menos, 80 casas danificadas. O impacto foi sentido tanto na área urbana quanto na zona rural. Em Alfredo Chaves, localidade mais atingida, uma igreja centenária teve o telhado arrancado, um ginásio esportivo foi destruído e pipas de armazenamento de vinho tombaram.
Veja a situação em cada município atingido, segundo a Defesa Civil do RS:
Antônio Prado: informou danos em telhados de quatro residências e queda de árvores. Bombeiros voluntários deslocaram ao local para entrega de lonas e corte de árvores. (8/12 - 21h04)
Barão: informou falta de energia elétrica em todo município, além de fogo em uma residência (informações preliminares apontam curto após a reativação da energia). Família foi alojada em outra reisdência. (9/12 - 8h32)
Caxias do Sul: informou estragos em telhados de cinco residências, destelhamento de um galpão e alagamento em uma rua. (9/12 - 9h25)
Estrela: informou que o telhado de um galpão atingiu a rede de energia de Linha São Jacó Bainha, no interior. Defesa Civil municipal e Coordenadoria Regional já acionaram concessionária de energia para atendimento técnico. (8/12 -21h43)
Farroupilha: informou danos em telhado de uma residência, deixando a família desalojada, e falta de energia em pontos de três bairros em função de queda de árvores. Bombeiros e Defesa Civil do município deslocaram ao local para distribuição de lonas e corte de árvores. (8/12 - 21h06)
Flores da Cunha: informou danos em 43 residências, no telhado da Igreja da Comunidade, UBS, escola e comércios da localidade de Alfredo Chaves, interior do município. Equipes acompanham a situação e levantamento segue sendo feito no local. (8/12 - 22h05)
Garibaldi: informou estragos em duas residências, que foram atingidas por queda de árvores, postes caídos e galhos, que afetaram a rede elétrica deixando parte da cidade sem energia elétrica, além de arvores caídas nas rodovias. Foi reportado também um incêndio na entrada de energia de uma residência. (9/12 - 11h16)
Gentil: informou danos em telhados de cinco residências, três galpões e na Casa do Artesão, além de árvores caídas. Defesa Civil do município distribuiu lonas. (8/12 - 19h)
Lajeado: informou dano em telhado de um prédio no bairro Florestal. Equipes seguem realizando levantamento para identificar outros possíveis danos. (8/12 - 20h08)
Nova Pádua: informou danos em telhados de três residências, queda de árvores e falta de energia elétrica. Bombeiros e Defesa Civil municipal deslocaram até o local para distribuição de lonas, limpeza urbana e corte de árvores. Quatro pessoas foram alojadas na casa de familiares. (8/12 - 22h05)
Pinto Bandeira: informou danos em telhados em duas residências. Defesa Civil municipal deslocou ao local para entrega de lonas. (8/12 - 21h01)
São Vendelino: informou queda de árvores, obstrução de algumas vias e falta de energia elétrica. Equipes trabalham para restabelecer a normalidade. (8/12 - 20h56)
Taquari: informou árvore caída em cima de uma residência. Árvore foi cortada para colocação de lona. (9/12 -8h26)
Teutônia: informou danos em telhados de três residências e queda de árvores. Uma pessoa foi alojada na casa de familiares. (8/12 - 20h58)
Previsão do tempo
Para quarta-feira (10), é esperado que o ciclone extratropical avance para o oceano. Apesar disso, o tempo deve seguir instável em quase todo o RS.
Os temporais mais intensos devem se concentrar na metade Leste do estado, enquanto na metade Oeste a chuva começa a diminuir de intensidade. As rajadas de vento continuam fortes em todas as áreas, mas é na faixa Leste que vem com maior intensidade.
As temperaturas não variam tanto ao longo do dia por conta do tempo fechado, o que proporciona uma sensação mais amena.
A tendência é que, na quinta-feira (11), o ciclone continue avançando para o alto mar, mantendo o tempo instável e causando chuva na forma de pancadas isoladas no Litoral, no Norte, na Serra e em partes do Sul. Nas demais regiões, o sol aparece entre nuvens.
As temperaturas ficam baixas pela manhã, especialmente na faixa Norte do estado. À tarde, volta a esquentar, o que favorece uma sensação de calor na maior parte do RS.
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