Brigada Militar começa a usar drones com visão térmica para reforçar policiamento em Porto Alegre; VÍDEO
23/10/2025
(Foto: Reprodução) BM começa a usar drones para reforçar policiamento em Porto Alegre
A Brigada Militar (BM) começou a usar drones para fazer o policiamento em ruas de 24 bairros da Zona Norte de Porto Alegre. A iniciativa é inédita no estado.
Drones já eram usados em operações especiais da BM, mas, agora, são empregados em ações de policiamento no dia a dia.
👮 Os equipamentos, que contam com câmeras de alta resolução e imageador térmico (nome oficial do dispositivo que permite obter imagens com sensor de calor), devem ampliar o alcance visual e a presença policial em áreas de difícil acesso, pois permitem identificar pessoas e veículos mesmo em condições de baixa visibilidade.
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"A BM tem incorporado novas tecnologias para fortalecer o policiamento ostensivo. O uso de drones amplia nossa capacidade de vigilância, apoio e resposta, permitindo atuações mais seguras, rápidas e precisas", enfatiza o comandante-geral Cláudio dos Santos Feoli.
A BM opera drones certificados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), doados pela iniciativa privada. Além do policial que controla o drone, o monitoramento conta com o acompanhamento por motociclistas para que sejam possíveis abordagens policiais.
A Zona Norte de Porto Alegre foi escolhida porque na região já havia um drone em operação para coibir furtos e arrombamento, pois o número de crimes vinha crescendo, mas diminuiu com a presença do equipamento.
Tornar a presença do drone visível para a população é intencional. A ação é planejada para que o equipamento sobrevoe áreas movimentadas em baixa altitude.
"Nós fazemos questão que o drone fique visível. Isso traz uma percepção de segurança à comunidade e um efeito dissuasivo para quem pensa em cometer crimes. Mesmo que o cidadão não veja o policial, o policial está o vendo", disse Feoli.
Imagem de drone sobre Porto Alegre, imagem com visão térmica e drone sendo controlado por policial (da esq. para a dir.)
Brigada Militar/Divulgação
Justiça
As imagens captadas por drones já serviram, inclusive, de subsídio para a Justiça em julgamentos, o que demonstra a utilidade desse recurso também na esfera legal, de acordo com o Comandante de Policiamento da Capital (CPC), Fábio da Silva Schmitt.
"Além disso, as operações com drones têm um papel importante na instrução da tropa, possibilitando o aperfeiçoamento das técnicas de abordagem e do planejamento tático. Outra vantagem é a possibilidade de observar áreas estratégicas sem ser visto ou ouvido, o que aumenta a efetividade das ações, especialmente durante a noite, quando o equipamento consegue operar com discrição e fornece imagens de alta qualidade", explica o coronel.
Uso da tecnologia para reduzir crimes
Câmaras corporais mudam a rotina dos agentes da Polícia Militar em Porto Alegre
Além de dronas, a BM usa mil câmeras corporais em ações como a que aparece no vídeo acima. Por enquanto, o monitoramento está restrito à capital. Um ano após a implantação, os registros ajudaram a reduzir em quase 60% as mortes em confrontos com os policiais.
Além de gravar, as câmeras têm tecnologia para transmissão ao vivo. As imagens podem ser acessadas em uma central de monitoramento, onde os policiais podem acompanhar as ocorrências em tempo real.
"Nas ruas, ele (o policial) vai saber que tem ali uma câmera registrando a atuação dele e que aquilo vai servir para depois também condenar. Caso alguém não aja dentro da lei, cometa algum tipo de abuso, isso vai ficar registrado, é então uma garantia ao cidadão, mas também é uma prova para o policial que aja adequadamente se proteger de uma eventual denúncia falsa que seja feita com relação à conduta dele", disse a Secretaria Segurança Pública do Rio Grande do Sul.
O relatório da BM aponta queda nos conflitos entre policiais e moradores (reduziram em 74%). A resistência às abordagens teve a maior redução (queda de 87%), as estatísticas de desacato (queda de 70%) e desobediência (retração de 65%) também caíram.
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