PM que matou quatro pessoas da mesma família em pizzaria de Porto Alegre é condenado a mais de 10 anos de prisão

  • 01/11/2025
(Foto: Reprodução)
Entenda: Vídeo mostra briga que acabou com quatro mortos por PM em pizzaria do RS O policial militar Andersen Zanuni Moreira dos Santos, de 29 anos, foi condenado a mais de 10 anos de prisão por matar a tiros quatro pessoas da mesma família em uma pizzaria da Zona Norte de Porto Alegre, em 2021. A sentença prevê pena de 6 anos e 8 meses de reclusão e 4 anos e 2 meses de detenção, em regime inicial fechado. Cabe recurso da decisão. O julgamento foi concluído no final da noite de sexta-feira (31). Andersen foi condenado 3x por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar), 1x por homicídio privilegiado (quando a ação é desencadeada por forte emoção) e violação de domicílio. Ele foi absolvido do crime de vias de fato. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A juiza Eveline Radaelli Buffon determinou ainda a imediata prisão do PM e a perda do cargo público. Andersen chegou a ficar preso preventivamente por 311 dias, mas recebeu liberdade provisória em junho de 2022. Os advogados David Leal, Jader Santos e Christian Tombini, que representam Andersen Zanuni Moreira dos Santos, informaram que pretendem recorrer da decisão. Os representantes da família das vítimas disseram que "recebem com alívio" a sentença condenatória. "A pena superior a 10 anos, a prisão e a expulsão da corporação são um alento ao desejo de justiça", sustentam os advogados Ismael Schmitt Priscila Candal. Os quatro homens mortos eram os irmãos Cristian e Cristiano Lucena Terra, de 33 e 38 anos, respectivamente; o primo deles, Alisson Correa Lucena, de 28 anos; e o sobrinho, Alexsander Terra Moraes, de 26 anos. RELEMBRE PM agiu em legítima defesa, conclui inquérito da Polícia Civil MP denuncia por homicídio e pede prisão de policial Policial é denunciado por estupro de vulnerável 'Que a Justiça não deixe impune', diz viúva Policial foi alvo de inquérito sobre quatro mortes em pizzaria de Porto Alegre em junho Reprodução O caso O caso aconteceu na madrugada de 13 de junho de 2021, em uma pizzaria na Avenida Manoel Elias, em Porto Alegre. Após atirar contra as vítimas, Andersen se apresentou à polícia alegando legítima defesa. "Todas as vítimas, que possuíam laços de parentesco, encontravam-se em seu lar, desfrutando de um momento de serenidade, em celebração ao aniversário de um membro da família. Tratavam-se de quatro homens trabalhadores, de condição humilde e de caráter íntegro (...) O acusado, munido de armamento da corporação, (...) com treinamento militar e pleno domínio dos protocolos de reação, conscientemente, escolheu não agir de maneira apropriada, mas sim empregar a covardia e a violência desmedida contra essas pessoas indefesas", afirma o promotor Francisco Saldanha Lauenstein. Segundo o MP, ele teria ido à casa da família das vítimas, onde ocorria uma festa, em busca da ex-namorada. Ele não estava de serviço. Testemunhas afirmam que o policial teria invadido a residência, agredido uma mulher e que foi retirado do local pelas vítimas. As quatro vítimas teriam seguido o PM, que se escondeu na pizzaria. De dentro de um banheiro do estabelecimento comercial, o policial atirou contra o grupo, matando todos os homens, aponta a investigação. Em julho de 2021, o inquérito da Polícia Civil chegou a confirmar a tese de legítima defesa, levantada por Andersen. Segundo a polícia, o PM militar usou "os meios necessários moderadamente para repelir aquela injusta agressão". Entretanto, a defesa da família dos assassinados e o MP contestaram a versão. Na denúncia apresentada ao Judiciário, o MP sustentou que Andersen, "sem ter desferido sequer um tiro de aviso, passou a alvejar uma das vítimas de forma letal com sucessivos disparos". Em seguida, um segundo homem, que estava à frente do grupo, anunciou que iria socorrer o primo, momento em que foi baleado na cabeça. O MP ainda relata que, "sob o mesmo anúncio e objetivo de socorro, aproximaram-se as demais vítimas que foram, em sucessão, alvejadas". Nota dos advogados das família das vítimas "Nota da família: A família enlutada e as vítimas sobreviventes, recebem com alívio sentença condenatória do assassino de seus familiares. A pena superior à 10 anos, a prisão e a expulsão da corporação são um alento ao desejo de justiça. Ansiamos para que a pena seja aumentada nas instâncias superiores. Ismael Schmitt/Priscila Candal Advogados assistentes da acusação" Alexsander (de moletom branco), Cristiano (de boné cinza), Cristian (de boné vermelho) e Alisson (com a camisa do Internacional) foram mortos a tiros por PM. Arquivo Pessoal VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/11/01/condenacao-pm-quatro-mortes-pizzaria-porto-alegre.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. NASCI SÓ PRA VOCÊ

FELIPE MARGUTTI FEAT. VALDIO GOULART

top2
2. COMO NUM FILME

BANDA INDÚSTRIA MUSICAL

top3
3. SÓ NÃO DEIXA

HUGO HENRIQUE

top4
4. SUA BOCA MENTE

ZÉ FELIPE FEAT. ANA CASTELA

top5
5. QUEM MANDA EM MIM

ZAYNARA FEAT. PABLLO VITTAR

Anunciantes