Como o tarifaço dos EUA levou fábrica do RS a dar duas férias coletivas

  • 12/11/2025
(Foto: Reprodução)
Tarifaço dos EUA: curtume do RS se vê obrigado a conceder duas férias coletivas Desde agosto, quando os Estados Unidos anunciaram tarifas adicionais sobre produtos brasileiros, a rotina de um curtume em Portão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, mudou drasticamente. A empresa, que tinha 90% da produção destinada ao mercado norte-americano, precisou interromper as atividades duas vezes e conceder férias coletivas aos funcionários. 🔍 O curtume é um estabelecimento industrial que faz processamento de couro animal. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Segundo o diretor do curtume Cezar Müller, os pedidos foram praticamente cancelados por mais de um mês após o anúncio das novas taxas. "O mercado americano é um mercado importante para nós”, diz. Müller alerta que outros países estão ocupando espaço deixado pelo Brasil, o que pode gerar perda de competitividade global. De acordo com a Associação das Indústrias de Curtume do Sul do Brasil, os efeitos do tarifaço não são uniformes. Há casos de queda de apenas 10%, mas também há relatos de redução de até 90% nas vendas. 💲 As tarifas sobre importações, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começaram a valer no início de agosto. Com elas, o país passou a cobrar os maiores impostos médios sobre produtos estrangeiros em mais de cem anos, afetando dezenas de nações. "Cada empresa trilha um caminho por muitos anos para construir isso. Então, a mudança de mercado é muito difícil, porque todos estão procurando a mesma saída", afirma Sérgio Panerai, presidente do conselho diretor da entidade. Tarifaço dos EUA ameaça início da colheita de tabaco e milhões em exportações no RS Curtume, no RS Reprodução/ RBS TV Exportações despencam no terceiro trimestre Dados do governo estadual mostram que as vendas do Rio Grande do Sul para os Estados Unidos caíram 18,6% em agosto, e 51,5% em setembro, em relação ao mesmo período do ano passado. Somados, os dois meses representaram perda de US$ 118,4 milhões para a economia gaúcha. Antes das tarifas, entre janeiro e julho, as exportações haviam crescido US$ 95,4 milhões. Os produtos mais afetados foram: fumo não manufaturado (queda de US$ 51,8 milhões); armas e munições (US$ 24,6 milhões); celulose (US$ 19 milhões), mesmo sendo isenta das novas taxas. Em outros setores, por exemplo, madeireiras nos Campos de Cima da Serra registraram queda de preços, redução de produção e cerca de 500 demissões, segundo o Sindimadeira. Alternativas ao tarifaço Já o setor moveleiro, em Bento Gonçalves, conseguiu equilibrar perdas com estratégias voltadas ao mercado interno e novos destinos, como Argentina, Uruguai e Chile. Apesar da queda de 47% nas exportações para os EUA entre julho e setembro, o segmento manteve estabilidade geral, com recuo de apenas 1% no acumulado do ano. "Nós estamos com muitas expectativas boas para o próximo ano, que estamos desenvolvendo outros produtos, outros mercados", expõe o presidente da Associação das Indústrias de Móveis do RS, Euclides Longhi. Um levantamento da FIERGS indica que, mesmo após o pico negativo em setembro, outubro registrou nova retração de 30% nas vendas para os Estados Unidos. No trimestre, a redução média foi de 34%, o que representa mais de US$ 150 milhões a menos para a indústria gaúcha. Economistas alertam que a recuperação será lenta e exigirá diversificação de mercados. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/11/12/como-o-tarifaco-dos-eua-levou-fabrica-do-rs-a-dar-duas-ferias-coletivas.ghtml


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